No tempo que me vou não há guarida,
Segredo ou invenção de uma estiagem,
Estanco o pormenor e segue a vida
Infante latejante na paisagem.
Primeiro fui senhor da minha lida
Na borra em fino chão plantada a vagem,
Catando cada caco da jazida
Brilhante porejante na miragem.
E enlaço a distração luzindo a noite
Certeiro e sabedor que sem açoite
O joio se engrandece de vantagem.
No tempo que me vou não há vagueza,
Só levo em minha mão basta certeza
Cantante navegante na coragem.
Lucas de Souza (poeta capixaba)
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Tags: Pro Dia Nascer Feliz
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