falamos de amor
para deter o tempo
fundear num golfo
de pura duração
falamos de amor
para sedar o medo
sensação de osso
em oxidação
então fixamos
no silêncio em nós
murmúrios de luas
gorjeios de flores
então laboramos
figuras de cor
mas poesia não é
|garantem doutores|
geléia d’amores
Luiz Roberto Guedes
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